De olho no pleito de 2018, o Dr. Robert Rey, cirurgião
plástico brasileiro de Hollywood está em pré-campanha
nas redes sociais. Ele é a mais nova aposta na volta do
Prona (Partido de Reedicação
da Ordem Nacional), o
extinto partido do lendário Enéas Carneiro.
Rey foi candidato a deputado federal pelo PSC (Partido
Social Cristão) em 2014, mas, não foi eleito -obteve 21.371
votos. Ele atribui a derrota ao sistema eleitoral e à
corrupção. "Me pediram um 'cachezinho' depois da
votação, para manipular a urna. Achei absurdo", revela.
"Gastei várias solas de sapato, roupas e não vi um
candidato sequer nas ruas. Eu estive todos os dias nas
ruas", ressalta.
A decepção, no entanto, não o desanimou para se lançar como pré-candidato à Presidência.
Após as eleições de guras
midiáticas como João Doria (PSDB), além de Enéas, no passado, Rey está otimista e diz
acreditar em renovação política.
"Eu sou uma pessoa da mídia. E ela tem o poder de escolher bons candidatos", diz.
Para ele, um dos problemas do país é a pouca renovação nas guras
políticas, pelo fato de famílias tradicionais se manterem anos no poder. "Precisamos de pessoas novas, cultas, empreendedoras que tiveram experiência lá fora, onde
viram as coisas funcionar", arma.
"Vamos chamar esses brasileirinhos que tiveram a chance de ver as coisas funcionando", sugere.
Rey sonha que o sistema eleitoral brasileiro seja um dia igual ao norte-americano.
"O voto tem que ser no papel. Vamos
ter sistema de votos por distrito, pois não há como mentir", arma.
Aos 55 anos, sendo mais de 40 deles morando nos Estados Unidos, além de uma breve passagem pela Alemanha, Rey
diz estar preparado desde 1986 para o Planalto -cursou mestrado em Políticas Públicas pela Universidade de Harvard,
onde também se formou em Medicina.
Além da formação acadêmica, tem muitos empreendimentos pelo país. Nos últimos três anos, cogitou outras siglas, mas
os rumos mudaram com os desdobramentos da Operação Lava Jato.
Diante da situação, decidiu se engajar na volta do Prona, que já atingiu a meta de 500 mil assinaturas e está em
processo de formalização.
"Não consegui encontrar um partido que não tivesse a lama na Operação Lava Jato. Sou um brasileirinho que vai ser um
grande presidente", arma.
Ele quer trazer de volta a 'pura direita', inspirada no modelo de gestão norte-americano, o qual vê como saída para a
crise econômica e o combate à corrupção.
Além de Enéas, tem como espelhos Juscelino Kubitscheck e Ronald Reagan.
"Eu acredito no Brasil de Primeiro Mundo. Vamos arrumar a nossa casa. O país é uma piada aqui fora. A nação está de
joelhos para o mundo. Saí daqui um comunistinha que tinha que roubar para comer. Quando cheguei aos EUA, eu vi um
sistema que funcionava", diz.
O seu nacionalismo vem desde a infância, quando um professor abraçava a bandeira brasileira durante as aulas na
Escola Estadual Pereira Barreto, na Lapa (zona oeste de SP). Desde então, seja nas redes sociais ou em entrevistas,
sempre carrega consigo o verde-amarelo.
Tambaú 247
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