terça-feira, 25 de julho de 2017

Bebê achado em cemitério de Campina Grande sai da UTI e espera para receber alta

O recém nascido que foi achado em um cemitério de Campina Grande no sábado (22) já saiu da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida. De acordo com informações do serviço social da unidade, o bebê está bem e na manhã desta terça-feira (25) aguardava para receber alta, quando deve ser encaminhado para uma instituição de acolhimento para aguardar o processo de adoção.
O menino foi encontrado dentro de um saco de lixo no Cemitério São José, no bairro José Pinheiro. Câmeras de segurança flagraram o momento em que ele foi deixado no local. Ele foi encontrado por pessoas que passaram pelo local e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, que o levou para o Isea. A criança estava com restos de placenta e hipotermia, com temperatura abaixo de 35 ºC, prejudicando o funcionamento dos órgãos.
De acordo com o juiz auxiliar da Vara da Infância e Juventude em Campina Grande, Hugo Zaher, a guia de acolhimento para a transferência do bebê para esta instituição já está sendo preparada. A partir daí, acontece uma tentativa de identificar os pais e, só então, ele vai ser encaminhado para a família que estiver na vez da fila de adoção. “Em situação como essa, ele pode ser encaminhado rapidamente para uma família”, prevê.
Apesar de prever um processo rápido, o juiz destaca que o bebê deve ser adotado por uma família que já esteja habilitada na lista de adoção, que é nacional, mas privilegia candidatos que morem na região onde o bebê está. “Tem que se respeitar a fila, não é qualquer pessoa ou quem achou que pode adotar”, explica, orientando especialmente as muitas pessoas que procuram o hospital se oferecendo para adotar o recém nascido.

G1 PB

Um comentário:

  1. A justiça é lenta e dificulta muitas vezes a adoção. Infelizmente vivemos num país de muitas crianças abandonadas, mas a burocracia para a adoção contribui para esse quadro que hoje temos. Há muitos entraves, digo porque já passei por essa experiência. É lógico que não se deve autorizar uma doação a qualquer família, mas a burocracia devia ser menos severa. A justiça tem capacidade de rapidamente analisar quem está apto ou não.

    ResponderExcluir